quarta-feira, 20 de abril de 2011
sábado, 16 de abril de 2011
Caminhada de Abertura da CF 2011
Arquidiocese de Maceió promoveu um abraço simbólico a lagoa
Mundaú.
Por Arquidiocese de Maceió e GazetaWeb
A arquidiocese de Maceió promoveu
um abraço simbólico a lagoa Mundaú, na tarde deste sábado, na capital alagoana.
O ato, presidido pelo arcebispo Dom Antônio Muniz, é o ponto alto da Campanha
da Fraternidade deste ano, que tem como tema “Fraternidade e Vida no Planeta”.
A concentração ocorreu no porto da lancha da orla lagunar.
Em meio a poluição da lagoa
Mundaú, comunidades católicas seguraram faixas com frases que apelavam para a
preservação do meio ambiente e a limpeza das águas da Mundaú. Todas as faixas
etárias foram representadas pelos fiéis. Ao som de canções católicas, os mais
novos empunhavam as faixas e pedaços de pano azul que ao serem balançados
lembravam o movimento das águas. A pequena moradadora do Vergel Kledja Roseane,
de dois anos, era uma das que imitava o balanço das águas.
Outros católicos seguravam
bandeirinhas, como a também moradora do Vergel Maria do Carmo dos Santos, de 78
anos. Outra que reside no Vergel e participou do ato foi Sônia Santos de Moura.
“Nós que moramos vizinhos temos que estar presentes nesse movimento. A poluição
é culpa da ignorância do ser humano, culpa do ser humano mal informado, disse
Sônia.
“Nós estamos abraçando a causa
de não deixar a lagoa morrer. Participando dessa forma nós podemos influenciar
uma política de governo, orientar nas decisões sobre o meio ambiente. A
campanha tem como lema abraçar essa causa da vida do planeta. Aqui está muita
gente curiosa e preocupada com o meio ambiente”, declarou o arcebispo de Maceió
Dom Antônio Muniz.
Fiéis do interior do Estado
também participaram da ação, a embarcação do projeto Navegando com o meio
ambiente, um catamarã, do Instituto do Meio Ambiente (IMA), trouxe católicos
dos municípios de Coqueiro Seco e Santa Luzia do Norte, juntos às imanges de
Santa Luzia e de Nossa Senhora Mãe dos Homens. O diretor de desenvolvimento e
pesquisa do IMA, Fernando Veras, explicou que o translado dos fiéis faz parte
de uma parceria firmada entre o órgão e a arquidiocese de Maceió . Um barco com
os dizeres “A lagoa está morrendo! É preciso desassoriar para a criação e o
sustento salvar” , transportou fiéis do bairro de Fernão Velho, trazendo também
a imagem de São José. Outra embarcação chegou da cidade de Marechal Deodoro.
Ações
A Campanha da Fratenidade de
2011 foi lançada nacionalmente na quarta-feira de cinzas. As comunidades vêm
desenvolvendo ações desde março. Uma delas é a paróquia São Francisco de Assis,
no bairro do Santos Dumont. O padre Eduardo Tadeu, que é coordenador da
Pastoral da Comunicação (Pascom), explicou que atividades foram realizadas em
escolas municipais, estaduais e particulares do bairro durante todo o período
da quaresma. “ É um trabalho vivenciado”, esclareceu o pároco.
A comunidade escolheu o dia 2
de abril para realizar atividades de conscientização do meio ambiente. A ação
contou com o apoio do IMA, de manhã ocorreram oficinas de reciclagem para as
crianças da catequese e palestras. À tarde, a comunidade da São Francisco de
Assis percorreu as ruas do Santos Dumont recolhendo lixo. A quantidade de lixo
retirada das ruas encheu uma caçamba. “ O objetivo é conscientizar as pessoas.
É tratar da preservação que precisa ser feita, da importância do meio ambiente
para nós. E mais do que tudo tratar do aquecimento global, pois nós provocamos
e sofremos as consequência desse aquecimento” , disse o padre Eduardo Tadeu.
Membro da Pascom da
Arquidiocese de Maceió Ada Mello elucidou que todos os movimentos de igreja do
setor lagoa foram convidados para o ato. “ Movimentos, padres, pastorais, os
povos de Deus, todos foram convidados pela arquidiocese para despetar a questão
do meio ambiente. Nós somos os culpados pelas catrástrofes ambientais. Na
prática pouca gente se interessa. Também é importante despertar nessas
comunidades tão carentes a consciência de cuidar do meio ambiente. Para que não
poluam a lagoa, as praias”, complementou Ada Mello.
O padre Ernesto Amynthas, da
paróquia Nossa Senhora das Graças, no bairro da Levada, orientou os fiéis para
que plantassem as sementes dos frutos comidos durante a quaresma. Os membros da
comunidade religiosa devem levar as mudas para a igreja no domingo da
ressurreição, dia em que ocorrerá a celebração da campanha. “ Foi uma forma de
explicar a relação da campanha com o meio ambiente, as mudas serão doadas para
fiéis que têm quintal, jardim ou sítio. É um gesto concreto. Tudo que é feito
de mal para a natureza é por causa da falta de fraternidade. É falta de
responsabilidade com o semelhante”, disse o padre Ernesto Amynthas.
Parcerias
Durante o lançamento da
campanha, em março, o arcebispo de Maceió solicitou a ajuda de órgãos públicos
para desenvolver o tema. Enquanto coordenava os fiéis na lagoa Mundaú, Dom
Antônio Muniz disse que o pedido foi atendido. E que o IMA foi órgão que mais
atuou. De acordo com o arcebispo, a arquidiocese contou com auxílio do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), da Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente e da Superintendência
de Limpeza Urbana de Maceió (Islum), que se responsabilizou pelo lixo seletivo.
O IMA ficou responsável pelo
transporte terrestre e fluvial das comunidades católicas. E também pela
promoção de ações para a campanha, como palestras sobre questão ambiental, mais
precisamente, sobre mudanças climáticas e água. “ As comunidades ficaram
interessadas, esperamos que não fique só nisso. É importante que se exiga mais
do poder público sobre a questão da limpeza da lagoa”, disse Fernando Veras.
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